20100118

PhD...Late Holocene Environmental Change at the Quiaios-Tocha coastal plain.

Foi defendida no dia 15 de Janeiro a tese de doutoramento de Randi Danielsen no Centro de Biologia da Universidade do Minho.



Late Holocene Environmental Change at the Quiaios-Tocha coastal plain.

Orientadores:
Doutor José Eduardo Ribeiro do Rosário Mateus
Professor Doutor Pedro Alexandre Faria Fernandes Teixeira Gomes




Artigos aceites para publicação/publicados :

Danielsen, R. 2009. Dissimilarities in the recent histories of two lakes in Portugal explained by local-scale environmental processes. Accepted by Journal of Paleolimnology May 2009, Published online June 2009.


Danielsen, R., Castilho, A., Dinis, P., Almeida, A.C. 2009. Holocene interplay between a dune field and coastal lakes in the Quiaios – Tocha region, central littoral Portugal. Submitted to Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology April 2009


Danielsen, R., 2008. Palaeoecological development of the Quiaios–Mira dunes, northern-central littoral Portugal. Review of Palaeobotany and Palynology 152, 74-99.





20100113

vídeo...Grilo polinizador de plantas




Grilo polinizador de plantas Estudo

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=38674&op=all


Grilo polinizador de plantas

Estudo publicado na revista «Annals of Botany»

Uma câmara de alta sensibilidade de gravação nocturna registou um grilo que poliniza plantas, na Ilha da Reunião, no Oceano Índico. A captação de imagens foi realizada por uma equipa de investigadores, da universidade local, do Real Jardim Botânico britânico e da Universidade de Estrasburgo, e cujos resultados foram publicados na revista «Annals of Botany».

A descoberta desta espécie de Glomeremus de hábitos nocturnos foi feita quando os cientistas estudavam um tipo raro de orquídea, e apesar de ainda estar a aguardar a atribuição de um nome científico, o grilo já é conhecido localmente por Raspy cricket.

Até hoje não tinha sido cientificamente comprovado que estes pudessem fazer de agente polinizador, apenas eram conhecidos como devoradores de plantas. A polinização das flores na ilha era um mistério, e aquando da visualização das imagens, os investigadores verificaram que transporta as bolas de pólen na cabeça e que são bastante eficazes, já que a cabeça do bicho corresponde ao canal do néctar da orquídea.

Para além desta particularidade, esta espécie tem a característica de viver num lugar fixo, porque normalmente os grilos vão mudando de local à medida que procuram comida. Tem entre dois e três centímetros e longas antenas na cabeça.

20100112

30,000-year-old teeth shed new light on human evolution

http://www.bris.ac.uk/news/2010/6777.html






30,000-year-old teeth shed new light on human evolution

The teeth of a 30,000-year-old child are shedding new light on the evolution of modern humans, thanks to research from the University of Bristol published this week in PNAS.
The teeth are part of the remarkably complete remains of a child found in the Abrigo do Lagar Velho, Portugal and excavated in 1998-9 under the leadership of Professor João Zilhão of the University of Bristol.  Classified as a modern human with Neanderthal ancestry, the child raises controversial questions about how extensively Neanderthals and modern human groups of African descent interbred when they came into contact in Europe.‘Early modern humans’, whose anatomy is basically similar to that of the human race today, emerged over 50,000 years ago and it has long been the common perception that little has changed in human biology since then.
When considering the biology of late archaic humans such as the Neanderthals, it is thus common to compare them with living humans and largely ignore the biology of the early modern humans who were close in time to the Neanderthals.
With this in mind, an international team, including Professor Zilhão, reanalysed the dentition of the Lagar Velho child (all of its deciduous – milk – teeth and almost all of its permanent teeth) to see how they compared to the teeth of Neanderthals, later Pleistocene (12,000-year-old) humans and modern humans.
Employing a technique called micro-tomography which uses x-rays to create cross-sections of 3D-objects, the researchers investigated the relative stages of formation of the developing teeth and the proportions of crown enamel, dentin and pulp in the teeth.
They found that, for a given stage of development of the cheek teeth, the front teeth were relatively delayed in their degree of formation.  Moreover, the front teeth had a greater volume of dentin and pulp but proportionally less enamel than the teeth of recent humans.
The teeth of the Lagar Velho child thus fit the pattern evident in the preceding Neanderthals, and contrast with the teeth of later Pleistocene (12,000-year-old) humans and living modern humans.
Professor Zilhão said: “This new analysis of the Lagar Velho child joins a growing body of information from other early modern human fossils found across Europe (in Mladeč in the Czech Republic, Peştera cu Oase and Peştera Muierii in Romania, and Les Rois in France) that shows these ‘early modern humans’ were ‘modern’ without being ‘fully modern’.  Human anatomical evolution continued after they lived 30,000 to 40,000 years ago.”
The team was led by Priscilla Bayle (Muséum National d’Histoire Naturelle, France) and Roberto Macchiarelli (Université de Poitiers, France) and included Erik Trinkaus (Professor of Anthropology at Washington University, St.-Louis, Cidália Duarte (Câmara Municipal do Porto, Portugal), and Arnaud Mazurier (CRI-Biopôle-Poitiers, France).
Paper
Dental maturational sequence and dental tissue proportions in the early Upper Paleolithic child from Abrigo do Lagar Velho, Portugal by Priscilla Bayle, Roberto Macchiarelli, Erik Trinkaus, Cidália Duarte, Arnaud Mazurier, and João Zilhão.  PNAS

20100105

Dez descobertas científicas de 2009 com selo português

http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1460158


Dez descobertas científicas de 2009 com selo português


Das perspectivas de tratamento de doenças como o cancro à descoberta de novas espécies
Investigadores portugueses, dentro ou fora de portas, marcaram pontos em 2009. Alguns estiveram mesmo na base de descobertas de grande impacto internacional. A detecção de ADN com uma vulgar impressora, a descodificação do genoma do cancro da mama ou a descoberta de novos planetas são alguns dos avanços envolvendo cientistas nacionais que marcaram o ano que terminou.
Descodificador do genoma do cancro da mama, em português
"Foi como passar o dia todo a subir uma montanha e, no fim, chegar ao cume e admirar aquela paisagem toda." Foi assim que Samuel Aparício descreveu ao DN o momento em que percebeu que ele e a sua equipa do BC Cancer Agency tinham descodificado o genoma do cancro da mama. Uma descoberta que pode abrir portas para um tratamento diferenciado de cada fase do cancro, explica o investigador, que promete continuar a trabalhar nesta investigação: "Foi um primeiro passo. Mas há muito para fazer." Nascido em Lisboa, mas a viver desde os cinco anos em Inglaterra - os pais emigraram de Vila Franca de Xira para Leeds -, a sua formação médica foi feita entre as afamadas universidades de Cambridge e Oxford. Com a sua equipa descodificou o genoma do cancro da mama, o que lhes valeu aparecer na capa da Nature. A motivação para se dedicar ao tema foi pessoal. A morte da mãe com cancro da mama, quando Samuel fazia o estágio em Medicina interna e patológica, foi um dos impulsos para seguir a investigação oncológica.
Sensor de ADN barato e amigo do ambiente
Já do mesmo "forno" do célebre transístor de papel português saiu, em 2009, um sensor de ADN barato e amigo do ambiente. Pela primeira vez foi estabelecido um método de detecção de ADN usando uma vulgar impressora de jacto de tinta, com recurso a materiais e tecnologia de baixo custo. O novo sensor, desenvolvido por uma equipa conjunta dos departamentos de Ciência dos Materiais e Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, foi publicado pela revista Biosensors and Bioelectronics. Um trabalho feito por cientistas nacionais e em Portugal. A aplicação prática deste sensor consiste na sua inclusão num sistema de diagnóstico "que pode prevenir, fazer um rastreio de uma forma extremamente simples, rápida e barata, e detectar se as pessoas estão doentes ou não", explicou Elvira Fortunato, especialista em microelectrónica.
Portugal tem o maior conjunto de fósseis de trilobites do mundo
O País entrou, em 2009, no mapa da paleontologia com o maior e mais completo conjunto de fósseis de trilobites do mundo. Foi descoberto na região de Arouca, perto de Aveiro, por uma equipa de paleontólogos espanhóis e portugueses. Entre os fósseis encontrados estão também os maiores exemplares conhecidos. Isto porque até agora, os restos destes seres pré-históricos, que dominaram os mares até há 250 milhões de anos, não ultrapassavam os 10 centímetros de comprimento, mas os de Arouca chegam aos 30. Alguns restos mostram que os exemplares podiam atingir mesmo os 90 centímetros. A descoberta foi publicada na revista Geology.
... e baptizou nova espécie de dinossauro
Mas no das descobertas pré-históricas, o País foi mais além, baptizando um novo dinossauro o Miragaia longicollum. A nova espécie foi descoberta na Lourinhã pela equipa do paleontólogo Octávio Mateus, do museu daquela localidade e da Universidade Nova de Lisboa. Este é um novo estegossauro que os seus descobridores baptizaram de Miragaia longicollum, um nome cheio de significados. Entre eles, o de pescoço comprido, uma das imagens de marca da espécie. O artigo descrevendo o novo dinossauro, que viveu no Jurássico Superior (há 150 milhões de anos), publicado na Proceedings of the Royal Society, pela equipa liderada por Octávio Mateus, culminou um trabalho de dez anos.
32 novos planetas com a marca de um português
Em 2009 foi anunciada a descoberta de 32 planetas fora do sistema solar. O responsável pela divulgação, que aconteceu no Porto, foi Nuno Cardoso Santos, investigador do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto e membro da equipa que fez a descoberta e que fez com que a barreira dos 400 planetas extra-solares "tenha sido ultrapassada". Os planetas encontrados são "gigantes", como explicou o cientista: "A maioria é semelhante a Júpiter", explicou o investigador português.
Trabalham em Portugal os melhores em cardiotocografia
João Bernardes e Diogo Ayres de Campos, obstetras, professores e investigadores do Departamento de Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, foram considerados, respectivamente, o primeiro e terceiro melhores inves- tigadores do mundo em cardiotocografia pela BioMedExperts. A cardiotocografia é a monitorização contínua da frequência cardíaca do feto e das contracções uterinas da grávida. Com este exame, cujo resultado é semelhante a um traçado de eletrocardiograma, o médico pode avaliar se o cérebro do feto não está a receber oxigénio suficiente por motivos da placenta, de posicionais ou compressões do cordão umbilical, detectando situações como o "cordão enrolado no pescoço". O título foi atribuído pela BioMedExperts, uma comunidade online que junta, via Internet, 1,5 milhões de cientistas de todo o mundo. João Bernardes e Diogo Ayres de Campos criaram, em colaboração com o Instituto de Engenharia Biomédica (INEB), um programa informático de grande impacto na prática clínica na área da obstetrícia - o OmniView-SisPorto. Este programa efectua uma leitura dos sinais provenientes do feto, identificando situações relacionadas com a baixa oxigenação. O sistema emite ainda alertas automáticos que são recebidos pelos profissionais de saúde em qualquer ponto com acesso à rede informática hospitalar ou à Internet.
Descoberta nova espécie...
Carlos Afonso, um biólogo do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve descobriu, durante um mergulho, uma nova espécie de búzio. O minúsculo Fusinus albacarinoides foi encontrado durante um trabalho de campo em 2009 e que tinha como objectivo traçar um mapa da biodiversidade da costa algarvia. Foi a primeira vez que este gastrópode foi identificado e registado a nível mundial. "Começámos a descobrir indivíduos desta nova espécie a partir de 2002 e 2003, entre as zonas marítimas de Albufeira e Armação de Pêra", disse Carlos Afonso. A nova espécie tem cerca de vinte milímetros de comprimento e oito de diâmetro. E embora o género Fusinus seja bastante comum e exista um pouco por todo o mundo, a nova espécie foi, para já, apenas identificada na costa algarvia, diz a equipa de biólogos da Universidade do Algarve. "Acreditamos que é endémica da nossa costa", frisou o biólogo que, apesar de ter 36 anos, já não é um novato na matéria de descobertas.
Ajudar a controlar as células imunitárias
Ainda no campo da saúde, outra descoberta portuguesa de 2009 correu mundo. Uma equipa de investigadores da Unidade de Imunologia Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa descobriu como se podem identificar e controlar células imunitárias. O objectivo é conseguir levar os linfócitos T a actuar apenas contra as infecções e para que não promovam doenças auto-imunes como a diabetes. Tratam-se de células responsáveis pela defesa do organismo contra infecções ou pelo desenvolvimento de doenças auto-imunes. A descoberta feita vem com o objectivo de controlar os linfócitos T para actuarem contra infecções e não para promoverem doenças como a diabetes. O estudo, realizado em Portugal por especialistas nacionais em colaboração com equipas estrangeiras, foi publicado na edição online da prestigiada revista científica Nature Immunology. "Descobrimos uma maneira de diferenciar duas populações de linfócitos T que produzem factores com actividades biológicas distintas", disse o responsável pela equipa, Bruno Silva Santos.
Novo tratamento para o Alzheimer e Parkinson
Investigadores portugueses lideram um consórcio europeu de cinco parceiros criado para produzir um novo medicamento com propriedades analgésicas e que poderá ser usado na terapia das doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson. O projecto para desenvolver um novo produto arrancou no ano passado e deverá durar quatro anos. Miguel Castanho, do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, explicou que o novo medicamento resultou da transformação de uma molécula isolada do cérebro de mamíferos por cientistas japoneses nos anos 70, mas posteriormente abandonada por falta de interesse farmacológico. O que este grupo de investigadores conseguiu foi "transformar a molécula de modo a poder ser introduzida na corrente sanguínea, passando daí ao cérebro, mantendo as suas propriedades analgésicas e de protecção contra as doenças neurodegenerativas".
Telhas 'bonitas' e que alimentam o resto da casa
E quem pensa nas telhas de uma qualquer casa assume apenas o papel de proteger a casa do clima, engana-se. Um grupo de investigadores das universidades do Minho e da Nova de Lisboa apostam no contrário e estão a desenvolver um projecto de construção de telhas, mas com capacidade de produção de energia fotovoltaica. Um dia destes, todo o telhado de uma habitação será o seu principal ponto de fornecimento de energia, garantem os especialistas. Este projecto, na fase de protótipo, mas já a despertar interesse de várias empresas, é ainda um segredo bem guardado. E é aqui que "entra" um outro projecto Solar Tiles. Esta tecnologia, tem sido alvo de grande interesse por ser gerador de "uma energia eléctri-ca amiga do ambiente e econo-micamente atractiva". Mas apesar da utilidade, a sua aparência inestética pode ser um entrave à comercialização. Para isso tem vindo a criar-se um novo conceito, Building Integrated Photovoltaics, que consiste em aplicar estes equipamentos como elementos estruturantes dos edifícios, substituindo os materiais convencionais.

20100102

Applied Climate-Change Analysis: The Climate Wizard Tool

http://www.climatewizard.org/ - a aplicação



http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0008320 - o artigo

Girvetz EH, Zganjar C, Raber GT, Maurer EP, Kareiva P, et al. (2009) Applied Climate-Change Analysis: The Climate Wizard Tool. PLoS ONE 4(12): e8320. doi:10.1371/journal.pone.0008320




Applied Climate-Change Analysis: The Climate Wizard Tool



Background


Although the message of “global climate change” is catalyzing international action, it is local and regional changes that directly affect people and ecosystems and are of immediate concern to scientists, managers, and policy makers. A major barrier preventing informed climate-change adaptation planning is the difficulty accessing, analyzing, and interpreting climate-change information. To address this problem, we developed a powerful, yet easy to use, web-based tool called Climate Wizard (http://ClimateWizard.org) that provides non-climate specialists with simple analyses and innovative graphical depictions for conveying how climate has and is projected to change within specific geographic areas throughout the world.




Methodology/Principal Findings
To demonstrate the Climate Wizard, we explored historic trends and future departures (anomalies) in temperature and precipitation globally, and within specific latitudinal zones and countries. We found the greatest temperature increases during 1951–2002 occurred in northern hemisphere countries (especially during January–April), but the latitude of greatest temperature change varied throughout the year, sinusoidally ranging from approximately 50°N during February-March to 10°N during August-September. Precipitation decreases occurred most commonly in countries between 0–20°N, and increases mostly occurred outside of this latitudinal region. Similarly, a quantile ensemble analysis based on projections from 16 General Circulation Models (GCMs) for 2070–2099 identified the median projected change within countries, which showed both latitudinal and regional patterns in projected temperature and precipitation change.




Conclusions/Significance
The results of these analyses are consistent with those reported by the Intergovernmental Panel on Climate Change, but at the same time, they provide examples of how Climate Wizard can be used to explore regionally- and temporally-specific analyses of climate change. Moreover, Climate Wizard is not a static product, but rather a data analysis framework designed to be used for climate change impact and adaption planning, which can be expanded to include other information, such as downscaled future projections of hydrology, soil moisture, wildfire, vegetation, marine conditions, disease, and agricultural productivity.

20100101

Climate through time: our rocks reveal the story of change

http://www.bgs.ac.uk/education/climate_change/climate_through_time.html

Climate through time: our rocks reveal the story of change



Earth's climate has changed throughout the billions of years of our planet's geological history. Evidence for past climates — including the extreme conditions linked to mass extinctions — can be found in the rocks around us.
Many rock-forming environments are directly influenced by climate. Were your local rocks formed in a desert, or a tropical swamp, or on a cold seabed? And what evidence can we find to show that these environments really existed millions of years ago? You can now find out, using this new poster which illustrates the links between our planet's changing climate, and the different rocks which formed as environmental conditions varied through geological time.