Portugueses estudam clima
a partir de troncos de árvores
Laboratório de Dendrocronologia e Análise
de Imagem foi hoje inaugurado
Investigar o clima através de métodos dendro-cronológicos é o que se propõe uma equipa do Instituto Superior de Agronomia, da Universidade Técnica de Lisboa (UTL) e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
A inauguração do Laboratório de Dendrocronologia e Análise de Imagem, que decorreu hoje à tarde, marca o início de um tipo de investigação ainda raro em Portugal. Em conversa com o «Ciência Hoje», Helena Pereira, vice-reitora da UTL, explica que este “é o primeiro laboratório totalmente dedicado a este assunto a trabalhar com uma equipa especializada”.
As árvores são um “repositório do que aconteceu no passado. Reagem ao clima, mas também a circunstâncias específicas como incêndios ou avalanches”. Todos estes fenómenos ficam registados nos troncos das árvores.
A dendrocronologia (do grego, dendron = árvore e chronos = tempo) é uma metodologia científica que permite datar eventos passados através do estudo dessas marcações – anéis – das árvores.
Os registos directos feitos por instrumentos “são muito recentes, têm pouco mais de cem anos e não abrangem o mundo inteiro”, explica.
Para se ter uma informação mais recuada no tempo “é preciso recorrer aos registos indirectos” como este. Esta área não tem mais do que 50 anos e foi desenvolvida nos Estados unidos da América e na Suíça. Só há pouco tempo começou a ser estudada em Portugal.
O objectivo do estudo que a equipa está a realizar - intitulado«Reconstruções de climas passados e cenários futuros de alterações climáticas em Portugal utilizando uma abordagem Dendroclima-tológica» - é interpretar o presente contexto de alterações climáticas e prever a sua evolução.
Propõe-se também a melhorar o conhecimento da influência de secas no crescimento de sobreiros e de outros carvalhos, espécies da floresta portuguesa com grandes importância social e económica que crescem em zonas ecologicamente sensíveis e em risco de desertificação.
Para já, a equipa está a fazer o levantamento nacional das espécies mais propícias para estudo. Depois, quer estender a investigação ao sul da Europa.
Helena Pereira explica que esta linha de investigação estava já a ser seguida há algum tempo. No entanto, este projecto só foi possível porque começaram a existir "jovens cientistas com interesse e conhecimentos na área". Além do mais, o projecto beneficia agora de financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
A inauguração do Laboratório de Dendrocronologia e Análise de Imagem, que decorreu hoje à tarde, marca o início de um tipo de investigação ainda raro em Portugal. Em conversa com o «Ciência Hoje», Helena Pereira, vice-reitora da UTL, explica que este “é o primeiro laboratório totalmente dedicado a este assunto a trabalhar com uma equipa especializada”.
As árvores são um “repositório do que aconteceu no passado. Reagem ao clima, mas também a circunstâncias específicas como incêndios ou avalanches”. Todos estes fenómenos ficam registados nos troncos das árvores.
A dendrocronologia (do grego, dendron = árvore e chronos = tempo) é uma metodologia científica que permite datar eventos passados através do estudo dessas marcações – anéis – das árvores.
Os registos directos feitos por instrumentos “são muito recentes, têm pouco mais de cem anos e não abrangem o mundo inteiro”, explica.
Para se ter uma informação mais recuada no tempo “é preciso recorrer aos registos indirectos” como este. Esta área não tem mais do que 50 anos e foi desenvolvida nos Estados unidos da América e na Suíça. Só há pouco tempo começou a ser estudada em Portugal.
As árvores são um "repositório do que aconteceu no passado" |
Propõe-se também a melhorar o conhecimento da influência de secas no crescimento de sobreiros e de outros carvalhos, espécies da floresta portuguesa com grandes importância social e económica que crescem em zonas ecologicamente sensíveis e em risco de desertificação.
Para já, a equipa está a fazer o levantamento nacional das espécies mais propícias para estudo. Depois, quer estender a investigação ao sul da Europa.
Helena Pereira explica que esta linha de investigação estava já a ser seguida há algum tempo. No entanto, este projecto só foi possível porque começaram a existir "jovens cientistas com interesse e conhecimentos na área". Além do mais, o projecto beneficia agora de financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
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